sexta-feira, 20 de maio de 2016

Um pequeno flyer acerca de um homem sábio

rasgo, recicla,
não tornar a vê-lo uma segunda vez
não me lembrarei nunca da sua voz única,
dedico-lhe um poema de uma conversa que escutei,
mas que só é minha às vezes
quando a noite se põe atrás dos prédios,
é a vida da janela invadindo
o conselho que julgo ter ouvido,
um livro oferecido, para sempre a carecer
da atenção imediata dos papeis distribuídos
em especial, aquele que nos cabe,
que arremesso contra a estante,
vulgar pormenor na decoração entristecida,
a forma da vida na transformação das coisas prováveis,
esvaindo-se um pormenor no rosto perdido
de quem estendia a mão,
rasgo, recicla.

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