A casa enfeitada de cristais vários
Desobedece às leis do medo
Não me apoquenta a desordem
Em que tudo jaz serenamente.
Eu, inquieto, sem interacção,
Imóvel, despertando a curiosidade dos objectos,
Todos calados, a fingir que não pensam
À espera da reacção amedrontada.
Nisto, assumo! Faço! Dou Vida!
Porque de mim nasceu o medo
E nele reconfortado cresci
Aquele que temia ser, me tornei.
Nunca conceberei algo, de ti, liberto
Mas medo: minha apoteose fulgente
Desfaz esta minha fé de ti
Relembra-me o que é morrer feliz!
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