sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Medo (IV)

A casa enfeitada de cristais vários
Desobedece às leis do medo
Não me apoquenta a desordem
Em que tudo jaz serenamente.

Eu, inquieto, sem interacção,
Imóvel, despertando a curiosidade dos objectos,
Todos calados, a fingir que não pensam
À espera da reacção amedrontada.

Nisto, assumo! Faço! Dou Vida!
Porque de mim nasceu o medo
E nele reconfortado cresci
Aquele que temia ser, me tornei.

Nunca conceberei algo, de ti, liberto
Mas medo: minha apoteose fulgente
Desfaz esta minha fé de ti
Relembra-me o que é morrer feliz!

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