Tentei todas as proas, todos os barcos na travessia do sul. 
O mar deteve-se sempre no mesmo lugar, dentro de um copo de água.
Sorvo como se fosse cerveja gelada numa tarde de verão.
Um fim carinhoso, de levar todos os oceanos à frente 
e cair, rodopiando, num destino cada vez mais salgado. 
Capaz de confundir uma lágrima na boca amada 
dilacerada no silêncio da boca fechada. 
É profundidade do escafandro silencioso 
cheio de todas as palavras invisíveis
guardadas dentro da garrafa de vidro: 
uma mensagem impossível de chegar 
lida a bem querer por um rapaz deitado no areal. 
Uma carta de amor para qualquer um. 
O destinatário num mergulho errado
impossível de tragar num sopro afogado. 
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